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INVESTIMENTO MUNDIAL EM TRANSIÇÃO ENERGÉTICA BATE RECORDE DE US$ 500 BILHÕES

Apesar dos problemas causados pela pandemia, os investimentos globais em energia renovável,
como veículos elétricos e outras tecnologias para reduzir a dependência do sistema de energia
mundial dos combustíveis fósseis, atingiram recorde de US$ 501,3 bilhões em 2020. Segundo
relatório divulgado pela BloombergNEF (BNEF), os investimentos na transição para uma economia
de baixo carbono marcaram um aumento de 9% em relação a 2019, Na Europa em comparação ao
ano de 2020 teve um aumento de 52%. Porém, nos EUA houve uma queda de 20% e outra de 12%
na China.
Entretanto, esse investimento recorde coincide com a maior pressão para reduzir as emissões de
gases de efeito estufa e evitar os efeitos mais graves da mudança climática. Embora ocorra um
enorme aumento dos gastos com parques eólicos e solares, armazenamento de energia e veículos
elétricos não será suficiente para cumprir a meta do Acordo de Paris, de limitar o aquecimento
global a menos de 2 graus Celsius (-2o C). O editor-chefe da BNEF, Angus McCrone, destaca que
“anima muito que o nível de investimento seja alto, mas está bem aquém do que seria necessário
para colocar o mundo em uma trajetória de 2 graus de aquecimento global.” O relatório da BNEF
analisa que os investimentos em energias renováveis aumentaram 2% globalmente, impulsionados
pela maior expansão em energia solar de todos os tempos e salto de 56% de projetos eólicos
offshore, para US$ 50 bilhões.
Mesmo que não tenha sido um ano recorde para gastos em eletricidade limpa, os custos em queda
permitiram às incorporadoras instalar mais capacidade de energia renovável do que nunca,
adicionando 132 gigawatts de energia solar e 73 gigawatts de eólica. Contudo, a queda de
investimentos em energia limpa nos EUA no ano de 2020 segue um recorde em 2019, quando
incorporadoras de parques eólicos aceleraram projetos para aproveitar os créditos fiscais antes que
expirassem. O diretor-presidente da BNEF, Jon Moore, relata que “A pandemia de coronavírus
impediu o avanço de alguns projetos, mas o investimento geral em energia eólica e solar tem sido
robusto e as vendas de veículos elétricos aumentaram mais do que o esperado”. Além disso, ele
completa que “a ambição das políticas aumenta claramente à medida que mais países e empresas
se comprometem com metas” para zerar emissões líquidas.
Nesse sentido, um dos fatores de maior impulso dos novos gastos em transição energética foi o
transporte limpo. Pela primeira vez a Europa liderou, com investimentos de US$ 64,7 bilhões em
transporte elétrico, ultrapassando a Ásia. Conforme a BNEF, a China ficou em segundo lugar, com
US$ 45,3 bilhões em investimentos, o menor valor gasto no setor desde 2016. A competição crescia
ainda mais à medida que o salto das ações da fabricante de veículos elétricos Tesla tornava Elon
Musk o homem mais rico do mundo. Uma vez que empresas de veículos elétricos levantaram cerca
de US$ 24,5 bilhões nos mercados acionários no ano de 2020 em relação a apenas US$ 1,6 bilhão
em 2019.
O relatório da BNEF complementa que o investimento global em captura e armazenamento de
carbono triplicou para quase US$ 3 bilhões em 2020. Já que essa tecnologia pode desempenhar um
papel fundamental na redução das emissões de setores altamente poluentes. O governo norueguês
impulsionou grande parte do crescimento de 2020 e sinalizou positivamente para um novo projeto
que armazenará as emissões de carbono sob o Mar do Norte no oceano Atlântico.
Fonte: Exame e ABSOLAR.

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