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2050: O FUTURO DA ENERGIA MUNDIAL COM A GERAÇÃO DE FONTES RENOVÁVEIS

Segundo o relatório internacional Statkraft Baixas Emissões – Cenário 2020, desenvolvido
anualmente pela empresa Statkraft, o segmento de energias renováveis manteve o seu crescimento
em 2020, ainda que menor do que o previsto, devido ao contexto da pandemia Covid-19. Na sua
quinta edição, o documento destaca as tendências no mercado global de energia para uma transição
energética até 2050, e faz análises tendo como base modelos internos e estudos aprofundados de
fontes externas do setor. O estudo prevê que no mundo inteiro, a partir de 2035, a energia solar será
a maior tecnologia utilizada para a geração, ultrapassando a eólica, hidrelétrica, carvão e gás. Nesse
sentido, em cerca de 15 anos o estudo analisa que a capacidade no setor de energia mundial
aumentará três vezes até 2050, provindo de energias renováveis, que crescerão de forma acelerada
até esse período. Em uma média anual, o relatório indica um crescimento na geração
de energia solar na ordem de 12% ao ano. Em um cenário em que tecnologias de baixas emissões
serão privilegiadas, em 2050, as energias renováveis constituirão mais de 80% do total de geração
de energia global, e 66% disso será gerado de fontes variáveis como a energia solar e a eólica. A
mudança climática continua como um fator motivador da transição energética, mas o declínio
contínuo dos custos e o aumento da capacidade das energias renováveis tornam a escolha mais
econômica e inteligente.
Os estudos da Statkraft Global apontam como tendências mundiais que a energia eólica
e solar serão os grandes ganhadores entre as fontes de energia em 2050. O CEO da Statkraft no
Brasil, Fernando De Lapuerta, confirma que as perspectivas para o Brasil são similares a esse
panorama mundial, ao destacar que "como o nosso país já possui grande parte de sua matriz
energética baseada em (energias) renováveis, podemos dizer que passaremos por uma transição
energética, e não por uma transformação completa, como acontecerá em alguns outros locais.” De
Lapuerta analisa que, até 2030, é esperado que 20% da eletrificação brasileira seja proveniente de
fontes eólica e solar, que poderá chegar a 35% até 2050. Para o executivo, um dos dados mais
curiosos do novo estudo é que a demanda por energia primária que estará no mesmo nível em 2050
como é hoje. Aumentará até 2030, e então se estabilizará, antes de cair com a aproximação de 2050.
Isso vai acontecer mesmo com o crescimento contínuo da população e da economia.
Contudo, o aumento na oferta de equipamentos abastecidos por eletricidade permitirá reduções
significativas de carbono nos setores de construção, indústria e transporte. O relatório de 2020 prevê
que quase todos os novos automóveis de passageiros, em 2050, serão elétricos, e cerca de 60% dos
veículos mais pesados funcionarão com baterias ou hidrogênio. Entretanto, quando a eletricidade
não for mais a opção para o transporte de longa distância e para os processos da indústria de alto
aquecimento, o relatório aponta que hidrogênio livre de emissões entrará em ação, em suas várias
formas, como a amônia. Segundo o estudo, as baterias desempenharão um papel fundamental neste
cenário futuro, com queda de 70% dos custos no período devido à grande adesão de veículos
elétricos (EV) em todo o mundo. As baterias, com o carregamento inteligente de EV, fornecerão a
flexibilidade altamente necessária para os mercados de energia.
Fonte: ABSOLAR.

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