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Economia Mundo

Por que o Brasil enfrenta mais uma crise energética?

Esta não é a primeira vez que o Brasil passa por uma crise de abastecimento energético. Em 2001, a situação foi tão crítica que foi necessário realizar cortes programados da demanda para que o sistema de distribuição elétrico desse conta. Vinte anos depois a situação não é igual. A matriz evoluiu substancialmente, mas ainda restam algumas semelhanças com aqueles tempos.

A pior crise hídrica dos últimos 91 anos fez com que o volume dos reservatórios hidrelétricos baixasse a níveis históricos, o que afetou diretamente a produção de energia no país. O resultado disso é a conta de luz cada vez mais alta. Após meses com a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara até então, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou no final de agosto a bandeira “escassez hídrica”, que estabelece a cobrança adicional de R$14,20 a cada 100 kWh consumidos. A adoção de bandeiras tarifárias é uma das medidas que podem ser tomadas para remediar a crise.

 

DEPENDÊNCIA DAS HIDRELÉTRICAS

Quando o país enfrentou apagões em 2001, a matriz elétrica brasileira tinha dependência de mais de 80% da geração vinda de hidrelétricas. Essa fatia vem se reduzindo de lá para cá, dando espaço para outras fontes de energia, como as renováveis. Contudo, as hidrelétricas dependem diretamente da incidência de chuva. Se não chove, os reservatórios secam e, sem água para passar pelos geradores, não há produção de energia. 

Em momentos como este, se torna necessário acionar as usinas termelétricas, que existem no sistema como uma reserva de segurança para momentos de crise. O problema é que o custo desse tipo de produção é muito mais alto, por depender da queima de combustíveis como carvão ou petróleo.

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