Segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), o Brasil atingiu 400 mil unidades
consumidoras que utilizam energias renováveis, desde solar fotovoltaica, hidráulica, biomassa,
biogás, eólica a outros tipos. Essas unidades são alimentadas por mais de 305 mil conexões de
sistemas de Geração Distribuída (GD) de energia elétrica. A GD como modalidade regulamentada no
país desde 2012 está em pleno crescimento regular há quase uma década. O presidente da ABGD,
Carlos Evangelista, destaca que “a tendência mundial é que cada vez mais consumidores optem por
uma outra forma de produzir e consumir a própria energia, de maneira mais econômica. eficiente e
sustentável.”
Apesar das dificuldades do ano de 2020 devido a pandemia da Covid-19, o ano de 2021
possivelmente terá um crescimento expressivo de unidades consumidoras e conexões. Uma vez que
para Evangelista "a geração distribuída é uma excelente oportunidade em um cenário de
recuperação econômica: ela significa economia financeira, redução de perdas com transporte de
energia e mais sustentabilidade, uma característica cada vez mais procurada pelos consumidores.”
O presidente da ABGD comenta que a participação de consumidores residenciais, que
correspondem a maioria desse universo, são de 72% das unidades cadastradas, na sequência, vêm
os consumidores comerciais com 18%, rurais com 7% e industriais com 3%. Nesse contexto,
Evangelista aponta que “é preciso acabar com o mito de que a geração distribuída é para grandes
empresários e consumidores mais abastados. Há projetos de todos os tamanhos e com fontes
diversificadas, além de inúmeros projetos sociais levando os benefícios da geração distribuída aos
mais carentes.”
O executivo reitera que "além disso, estamos trabalhando para que todo prosumidor (produtor e
consumidor de energia) não tenha que pagar o custo de disponibilidade, que é a taxa mínima
cobrado pelas distribuidoras para manter-se conectado à rede.” Por fim, Evangelista conclui que
"com isso, iremos inserir mais 70 milhões de novos consumidores no mercado de GD que poderão
assim se beneficiar das vantagens da geração distribuída com fontes renováveis de energia.”
